A bióloga Larissa Barreto, coordenadora do Projeto Queamar (Quelônios Aquáticos do Maranhão) concedeu, nesta quinta-feira (18/7), entrevista ao programa Rádio Ciência da Rádio Universidade FM 106,9, de São Luís, no Maranhão.

Criado em 1995, a partir da reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o programa tem por objetivo fortalecer a cultura e divulgação da ciência, tecnologia e inovação no estado.

Professora Doutora do Departamento de Oceanografia e Limnologia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Larissa falou sobre a criação do Queamar, em 2000, com foco de em ecologia e conservação de quelônios de água doce na ilha de Curupu, na Raposa, no Maranhão.

“São 24 anos de pesquisa envolvendo alunos da graduação e pós-graduação”, destacou a bióloga.

“Atuamos, hoje, ao longo da costa do Maranhão fazendo o monitoramento de encalhes de tartarugas marinhas, identificando espécies de maior ocorrência, verificando taxa de mortalidade e observando aspectos de estrutura e estimativa populacional para entender a estabilidade das populações ao longo do tempo”, explicou.

De acordo com a coordenadora do Queamar, as espécies mais frequentes no Maranhão, com relação às tartarugas marinhas, são as tartarugas Lepidochelys olivacea (tartaruga-oliva, tartaruga-olivácea ou tartaruga-pequena) e a Chelonia mydas (tartaruga-verde).

“O Maranhão é um estado rico em biodiversidade, mas em relação às tartarugas, não é um local importante enquanto berçário, mas é importante como área de alimentação das tartarugas”, observou.

Segundo a bióloga, o principal risco para as tartarugas, no estado, é a arte de pesca, a rede de arrasto.

“Por conta disso, iniciamos recentemente um trabalho de conscientização e educação socioambiental e esperamos ter, mais para frente, resultados satisfatórios em termos de conservação”, explicou.

Ouça a íntegra da entrevista no player abaixo.

Compartilhe essa notícia: