Nos dias 19 e 20 deste mês, estudantes do primeiro semestre do curso de Ciências Ambientais da Universidade Federal do Amapá (Unifap) acompanharam o nono monitoramento quinzenal do Projeto de Caracterização e Monitoramento de Cetáceos (PCMC). A atividade é realizada pelo Iepa e Ifap na Praia do Goiabal, situada no município de Calçoene, no nordeste do Amapá.

De acordo com o professor Sávio Carmona, essa foi a primeira atividade de campo dos novos alunos.

“Trouxe uma experiência real aqui para eles, quando puderam participar deste monitoramento. A gente teve o entendimento da oscilação das marés e dos procedimentos realizados para o resgate desses animais”, relatou Carmona.

Para a estudante Ana Beatriz Barbosa, o fim de semana foi enriquecedor e pode aproximar os alunos da biologia e geologia marinha.

“Vai ser muito importante até para quem ainda não decidiu que área seguir, levando em conta que nosso curso abrange várias áreas do conhecimento”, explicou Ana Beatriz.

Estudantes do curso de Ciências Ambientais da Unifap participam de monitoramento na Praia do Goiabal, no Amapá
Estudantes do curso de Ciências Ambientais da Unifap participam de monitoramento na Praia do Goiabal, no Amapá

Além do monitoramento, foi realizada uma oficina sobre a dinâmica da maré na Praia do Goiabal, bem como a campanha de sensibilização do projeto.

“Durante a graduação e na vida profissional, esses alunos vão ter outras atividades de campo e podem ver animais encalhados. Então, é muito importante essa sensibilização, até para que eles saibam como agir ao ver um encalhe”, detalhou a bióloga Cláudia Silva, do Iepa.

Durante a ação, foi encontrada o material ósseo de um boto. O material foi recolhido e levado para o Laboratório de Mamíferos do Iepa para análise.

Sobre o PCMC

O Projeto de Caracterização e Monitoramento de Cetáceos busca analisar encalhes de baleias, botos e golfinhos.

Para isso, estudam a bula timpânica: estrutura óssea no ouvido do animal que apresenta alterações quando este tem alguma interação com atividades sísmicas.

“Mesmo que o animal esteja morto, é importante que a gente seja acionado. Ainda que a bula timpânica esteja muito deteriorada, podemos identificar se a espécie é de água doce ou salgada, além disso pode nos ajudar em outros estudos”, explicou Cláudia.

A execução do Projeto de Caracterização e Monitoramento de Cetáceos é uma exigência estabelecida no processo de licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama.

Disk Encalhe (WhatsApp)
(96) 99206-3344
(96) 99116-3712

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