Nesta quinta-feira (31/7), pesquisadores do Iepa registraram o encalhe de uma baleia com 14 metros de comprimento na Ilha da Viçosa, no arquipélago do Marajó, distante cerca de 4 horas de barco de Macapá.
A ação faz parte do Projeto de Caracterização e Monitoramento de Cetáceos (PCMC), exigência estabelecida pelo Ibama no processo de licenciamento ambiental para uma pesquisa que levanta os dados geológicos das bacias do Pará-Maranhão e Foz do Amazonas.
A baleia foi encontrada por fazendeiros na última quarta-feira (30/7). Segundo a coordenadora do PCMC no Amapá, Claudia Funi, os indícios são de que o animal encontrado seja uma baleia-de-bryde (Balaenoptera brydei). Porém, é preciso analisar a dorsal do animal para ter a certeza da espécie.
“A gente precisa virar o animal para ter certeza que é uma baleia-de-bryde, porque ela tem uma nadadeira dorsal bem específica. Ele tá de costas, e como ele é muito pesado, ainda não conseguimos virar para saber”, explicou Claudia.
Os pesquisadores coletaram parte do material biológico da baleia, como capa de gordura, músculos, amostra de sangue, entre outros. O conteúdo será analisado e adicionado à coleção do Iepa.
Nos próximos dias, outra equipe irá até o local do encalhe para desossar o animal e trazer o esqueleto a Macapá.



Sobre o PCMC
Realizado desde o ano passado, o Projeto de Caracterização e Monitoramento de Cetáceos (PCMC) foi uma exigência do Ibama estabelecida no processo de licenciamento ambiental da pesquisa marítima para levantamento de dados geológicos da TGS nas bacias do Pará-Maranhão e Foz do Amazonas, na Margem Equatorial brasileira.
As atividades incluem o monitoramento de praias – para atuar e analisar encalhes de baleias, botos e golfinhos – e ações de educação ambiental em comunidades locais.
O PCMC disponibiliza ainda números para acionamento em casos de encalhe de animais marinhos:
Disk Encalhe (WhatsApp)
(96) 99206-3344
(96) 99116-3712