O Instituto BioMA está realizando, desde a sexta-feira (17/1), o monitoramento embarcado como parte das ações do Projeto de Caracterização e Monitoramento de Cetáceos. A navegação está percorrendo a costa dos municípios de Bragança, Augusto Correa e Viseu, região do salgado paraense.
A equipe do Instituto, composta por biólogas e um médico veterinário, está monitorando o deslocamento dos animais, comportamento, marés, tipos de espécies, saúde, vocalização e encalhe.
“Durante o monitoramento foram avistadas aves marinhas dentre elas, as gaivotas e trinta réis, além de revoadas de guarás e biguás. Entre os cetáceos encontramos botos cinzas, vários grupos com fêmeas e filhotes. As baías são locais de maior chance de avistagens dos botos”, conta Angélica Rodrigues, bióloga e pesquisadora do Instituto BioMa.
Essa já é a segunda expedição embarcada dos pesquisadores. A expedição faz parte do Projeto de Caracterização e Monitoramento de Cetáceos (PCMC) da TGS nas bacias do Pará-Maranhão e a região da Foz do Amazonas. O projeto é uma exigência estabelecida no processo de licenciamento ambiental conduzido pelo Ibama.
“O BioMA realiza há anos o monitoramento de botos, baleias e golfinhos que venham a encalhar nas praias da região do salgado paraense, monitorando também aves, peixe-boi e tartarugas”, explica Angélica. “O projeto de monitoramento dos Cetáceos intensificou essa rede. Desde que iniciou, em junho de 2024, os pesquisadores já foram acionados cerca de 30 vezes pela comunidade”.
O Instituto faz parte da Rede de Encalhe de Mamíferos Aquáticos do Norte (REMANOR), que reúne especialistas nessa área e na análise de fauna oleada. A rede é gerenciada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
“Com o apoio dessa rede, moradores, turistas e pescadores podem entrar em contato com o Bioma quando percebem um animal marinho morto ou encalhado na praia”, explica Angélica.
O disk-encalhe do Bioma funciona 24h, para animais vivos ou mortos e pode ser acionado pelo (91) 98411-6117 e (91) 98411-8263.