A Margem Equatorial brasileira é a nova fronteira exploratória de petróleo no Brasil. Localizada nas regiões Norte e Nordeste do país, a região se estende por mais de 2.200 km ao longo da costa, do Amapá ao Rio Grande do Norte, passando pelos estados do Pará, Maranhão, Piauí e Ceará.

A região engloba as bacias Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar.

É uma área considerada de grande potencial de descobertas de petróleo pela proximidade com a Guiana, onde já foram descobertos mais de 11 bilhões. Com isso, o PIB da Guiana – que é uma das menores economias da América do Sul – cresceu 62% em 2022, com a exportação do produto.

O crescimento da Guiana foi, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o maior de um país no mundo. A expectativa é que nos próximos anos, o crescimento anual do país – que tem menos de 800 mil habitantes – seja de 25%.

Estimativas do Ministério de Minas e Energia (MME) apontam que há cerca de 10 bilhões de barris de petróleo recuperáveis na fronteira brasileira. Para se ter uma ideia do que isso significa, o Brasil tem hoje 14,856 bilhões de barris de petróleo de reservas provadas.

O MME calcula que a área pode gerar US$ 56 bilhões em investimentos, além de uma arrecadação da ordem de US$ 200 bilhões.

Levantamento do Observatório Nacional da Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que a produção de petróleo na Margem Equatorial brasileira pode criar mais de 320 mil empregos, adicionar R$ 65 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) nacional e acrescentar R$ 3,87 bilhões à arrecadação indireta.

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