“Se o lugar de fala é também o lugar de escuta, fomos ouvir outras vozes, que não as nossas”, explica João Corrêa, country manager da TGS do Brasil, ao falar sobre a plataforma de comunicação dos projetos de pesquisa sísmica da Margem Equatorial brasileira.
“A plataforma foi construída a partir de conversas que tivemos, ao longo de meses, para ouvir a vivência e a experiência de biólogos, veterinários, oceanógrafos e representantes de órgãos ambientais da região”, conta.
Segundo Corrêa, para que a plataforma de comunicação fosse realmente representativa era preciso que fosse uma construção coletiva e, principalmente, com a participação regional.
A plataforma já estava no ar desde junho, sendo atualizada praticamente diariamente com notícias sobre as ações dos parceiros locais, sobretudo os monitoramentos de praias e atividades de educação ambiental. “Notícias produzidas pela voz ativa das equipes dos próprios parceiros”, destaca João.
“De lá para cá, fomos fazendo ajustes, incorporando áreas de serviços – como a localização das embarcações e os números dos disque-encalhe – e acrescentando novas sessões, como os depoimentos da série O mesmo mar“, pontua.
“Como disse, a plataforma de comunicação da Margem Equatorial é uma criação coletiva, um projeto vivo. Afinal, é disso que estamos tratando: seres vivos, biodiversidade e o diálogo entre os seres”, reforça.
De acordo com João, novas sessões serão criadas nos próximos meses para que a comunicação chegue em outros públicos como o acadêmico-científico e o infanto-juvenil.
“Também estamos articulando parcerias para ampliar a base de informações sobre a região. Em breve teremos indicadores socioeconômicos dos municípios na área de abrangência dos projetos e informações sobre as demandas futuras de produtos e serviços e mão de obra, com uma seção de classificados de empregos das empresas que irão atuar na região”, adianta.
“Tudo isso sem perder a natureza inicial do projeto que é a narrativa local e a preocupação com o meio ambiente”, reforça.
Para João, o poder de escrever a própria história é o poder de ser a protagonista da própria história. Pensando nisso, a TGS está promovendo a I Oficina de Comunicação e Jornalismo dos PCS da Margem Equatorial, reunindo representantes dos parceiros ambientais das regiões Norte e Nordeste do país.
A Oficina, que se realiza nos dias 10 e 11 de outubro, em São Luís, no Maranhão, tem como objetivo capacitar os pontos focais de cada parceiro ambiental que trabalha direta ou indiretamente com a comunicação, estreitar laços entre as equipes, desenvolver ferramentas de comunicação e habilidades de produção de conteúdo.
E, segundo João, o projeto não para por aí.
“A plataforma de comunicação da Margem Equatorial é algo que servirá como modelo e referência para outros projetos, não só no Brasil, mas no mundo. Ela é, principalmente, um ato coletivo de informação, sensibilização e transformação, já que por meio dela podemos inspirar outras pessoas e empresas e impactar novas gerações, mais comprometidas com o meio ambiente e com o crescimento sustentável regional. Esse é o caminho que acreditamos”, conclui.