TGS, Ibama e Instituto Bicho D’água inauguraram, nesta segunda-feira (17/2), a Base de Estabilização para a Fauna Aquática em Soure, na Ilha de Marajó, no Pará. A unidade, viabilizada com recursos do Projeto de Caracterização e Monitoramento de Cetáceos (PCMC) da TGS na Margem Equatorial brasileira, representa um marco para a conservação ambiental da região, que passa a ter um local para receber e prestar os primeiros socorros aos mamíferos e tartarugas marinhas debilitadas.
“Estamos completando um ano de pesquisa na Margem Equatorial brasileira com resultados concretos, ações e iniciativas pioneiras e avanços extraordinários do ponto de vista ambiental”, afirma João Correa, Country Manager da TGS no Brasil. “Este é um projeto de grande relevância do ponto de vista da geração de conhecimento científico, que tem viabilizado, como contrapartida, a melhoria da infraestrutura, a capacitação de nossos parceiros ambientais no Norte e Nordeste do Brasil e a criação de uma rede de organizações dedicadas à preservação ambiental das duas regiões”, acrescenta.
Para o executivo da TGS, a Base de Estabilização para a Fauna Aquática vem somar aos esforços para assegurar a preservação ambiental e a proteção da fauna da região.
“Somente no ano passado, investimos US$ 12,5 milhões de dólares em projetos ambientais na região. A Base de Estabilização para a Fauna Aquática em Soure, veio para ficar e somar a todos esses esforços conjuntos para garantir a pesquisa do potencial petrolífero da região, como a Unidade de Estabilização e Despetrolização da Petrobras, em Oiapoque, e o Plano de Resposta à Emergência e Proteção à Fauna”, reforça.
Renata Emin, bióloga e presidente do Instituto Bicho D’água, conta que a sede do Instituto foi construída em 2013 e inaugurada no dia 2 de agosto de 2014.
“A sede do IBD foi construída com o intuito de ser um espaço de divulgação das atividades do Projeto, montamos uma exposição sobre os mamíferos aquáticos da região. Tínhamos uma salinha de vídeo/biblioteca, área da exposição permanente, lojinha e área externa com jardim, uma maloca para atividades de educação ambiental e outros banners contando as atividades do projeto, escritório. E, ainda, uma área técnica da equipe, com alojamento, sala de necropsia”, conta. “Ao longo do tempo, não tínhamos recursos pra manter a área toda, e nossa solução foi ceder essa área de atendimento ao público para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) de Soure, que assumiu os pagamentos dos custos fixos e manutenção do espaço. No início de 2023, a SEMMA solicitou definitivamente a área que estava sendo ocupada pela mesma, e a Prefeitura então, renovou o termo de cessão contemplando apenas a área técnica do Espaço”, acrescenta.
Com a execução do PCMC, a área necessitou ser adaptada para receber um Setor de Estabilização de Fauna Aquática, e então, com recursos do projeto, foram realizadas a reforma e adaptação do espaço, com construção de um novo pavimento superior, da área de estabilização, muros, pavimentação, melhoria da iluminação, substituição de portas e janelas, instalação de revestimento cerâmico, reforma elétrica e hidráulica, e a aquisição de mobiliários médico e veterinário e equipamentos.
A Base de Estabilização para a Fauna Aquática, conta com caixas d’água e piscina desmontável para atendimento emergencial e estabilização de tartarugas, cetáceos e sirênios, com capacidade de atender 8 indivíduos simultaneamente e possibilidade de expansão, no futuro.
“A instalação de uma Base de Estabilização para a Fauna Aquática em Soure representa a realização de um sonho para toda a nossa equipe, que atua na conservação da biodiversidade marinha no Marajó desde 2006”, comemora Renata.
A iniciativa faz parte do Projeto de Caracterização e Monitoramento de Cetáceos (PCMC), exigência estabelecida no processo de licenciamento ambiental conduzido pelo IBAMA para a pesquisa e levantamento de dados geológicos nas bacias do Pará-Maranhão e Foz do Amazonas.
